Baixa umidade causa prejuízos para o setor agrícola em Júlio de Castilhos, Cerro Grande, Espumoso, Rondinha e Tupanciretã
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul já registrou pelo menos cinco decretos de situação de emergência de municípios em razão da estiagem. A baixa incidência de chuva nos últimos meses tem causado prejuízos para o setor agrícola em Júlio de Castilhos, Cerro Grande, Espumoso, Rondinha e Tupanciretã. Frederico Westphalen também assinou decreto, mas o pedido ainda não foi homologado pelo Estado.
Chuva abaixo da média e preocupação com os próximos meses: como está a situação da estiagem no RS.
Entenda o fenômeno por trás da estiagem que se prolonga há 18 meses no RS. Em Júlio de Castilhos, a secretária municipal de Agricultura, Ana Paula Lima Ferreira, estima que o volume de precipitações seja 35% menor do que o dos últimos dois anos na mesma época, o que tem causado incêndios na região.
— Desde 15 de novembro, tivemos cinco focos de incêndio, que totalizaram quase cem hectares de campo queimados. Essa é uma prática milenar que não faz bem para o meio ambiente e arrisca as casas próximas a esses campos. Como estamos em um período de baixa precipitação de chuva, qualquer bituca de cigarro é suficiente para causar estrago muito grande — alertou em vídeo divulgado no Facebook da prefeitura.
Em Tupanciretã, a prefeitura calcula perdas econômicas de cerca de R$ 114 milhões por conta da estiagem, que se estende desde a segunda quinzena de outubro. A expectativa é de que, com a homologação da situação de emergência, o município receba recursos que amenizem as perdas dos agricultores.
A última cidade a assinar o decreto de situação de emergência foi Frederico Westphalen, na sexta-feira (17). A prefeitura constatou uma redução ou até mesmo o esgotamento do nível da água em diversos poços artesianos, açudes e bebedouros. Estão sendo levados 900 mil litros de água por mês para aproximadamente 300 famílias.