O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil, José Carlos Martins, apresentou o compromisso com o setor em orquestrar um movimento que visa aumentar a participação da construção na economia nacional. “Em cinco anos vamos trabalhar para dobrar a participação do PIB da construção no Brasil. O que vamos entregar em contrapartida à sociedade? Um milhão de empregos capacitados”, afirmou Carlos Martins durante reunião almoço do Sinduscon-RS realizada hoje (27.06) e coordenada pelo presidente do Sindicato, Claudio Teitelbaum.

A Construção civil participou com 2,6% do Produto Interno Bruto no Brasil em 2021, um quadro muito aquém de países como Estados Unidos e da Europa, onde a atividade representa cerca de 7 a 8% do que movimenta a economia. Neste propósito a Agenda da Construção, que reúne propostas a serem apresentadas aos representantes dos poderes Executivo e Legislativo Federal, será uma prioridade. “Mesmo diante da pandemia, a construção demonstrou sua força, com um crescimento em 2021 de 9,7%. Para este ano de 2022, a expectativa é de fecharmos o ano com um crescimento de 2,5%”. Mas para o dirigente da CBIC  alguns desafios precisam ser enfrentados, como o aumentos de insumos, a elevação das taxas de juros,  a perda de renda da população e a instituição de uma política habitacional eficaz.

Os desafios

De julho a dezembro de 2021, o aumento de preço dos materiais da construção superou 60%, afetando a rentabilidade daqueles que executam as obras e até inviabilizando alguns projetos mais concentrados nos segmentos das obras públicas e industriais, resultando num sério debate sobre a busca do reequilíbrio de contratos. Já a alta da taxa de juros, diminuiu a capacidade da população, principalmente da classe baixa e média, na aquisição de sua moradia.

As soluções

No tocante aos insumos, a solução passa pelo incentivo à importação na construção, pela cultura da compra coletiva/cooperativada e pela busca de materiais alternativos. Já quanto ao poder de compra da população, faz-se necessária a adoção de programas sociais voltados a habitações mais simples. “É preciso uma decisão política de querer realmente combater o déficit habitacional, de querer fazer casas,” concluiu.