A Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado (Fidene), vinculada à Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí) foi a Organização da Sociedade Civil (OSC) selecionada para realizar a capacitação de 1,5 mil mulheres empreendedoras dentro do programa estadual RS TER – Mulheres Empreendedoras.

A iniciativa vai oferecer ferramentas necessárias para o empreendedorismo feminino. As vagas são direcionadas às mulheres em todo o Estado para cursos de elaboração e desenvolvimento de planos de negócios, finanças, inovação, marketing e e-commerce, além do desenvolvimento de ideias, projetos e empreendimentos sociais, tradicionais e culturais.

“O RS TER – Mulheres Empreendedoras vai estimular a participação da mulher nos processos da geração de trabalho e renda. Elas vão poder potencializar algo que é dá sua natureza: a criação de alternativas de enfrentamento às adversidades, rompendo com a lógica do mercado formal no sentido de superação. Este projeto vai assessorar individualmente os empreendimentos por seis meses após o término do curso. Através da parceria com a Unijuí, ofereceremos apoio em um momento em que as mulheres enfrentam ainda mais dificuldades decorrentes da pandemia”, afirma Regina Becker, secretária da Igualdade, Cidadania, Direitos Humanos e Assistência Social.

O Estado fará o repasse de R$ 350 mil à universidade, recurso proveniente do Fundo Estadual de Apoio à Inclusão Produtiva (Feaip), para a execução do programa. Conforme a coordenadora da incubadora de empresas de inovação tecnológica da Unijuí, Maria Odete dos Santos Garcia Palharini, a iniciativa estadual de pensar na cultura empreendedora com as mulheres é compatível com uma demanda de planejamento da instituição, que é levar qualificações às mulheres gaúchas.

“Essa é uma grande oportunidade de conectarmos a nossa vontade de trabalhar com o empreendedorismo através dos recursos estaduais, levando nosso conhecimento para mais pessoas. Nossa proposta é realizar um conjunto de qualificações que englobam a identificação de oportunidades, planejamento pessoal, plano de negócios, questões administrativas e financeiras, metas e indicadores de resultado”, afirma.

Serão 1.680 horas de qualificações com metodologia acessível que permitirá a criação de novos negócios, identificação de oportunidades e constituição de equipes que pensem em novos modelos e oportunidades de negócio. Ao longo das capacitações, as mulheres também receberão consultorias individuais que unam a teoria e prática.

Com grande expectativa, a autônoma Adane Wiest, 32 anos, de Novo Hamburgo, é uma das 1,5 mil mulheres inscritas no programa. Ela já teve experiências básicas com o empreendedorismo, como a venda de roupas, cosméticos e quentinhas e pretende explorar suas potencialidades. “Gostaria de conseguir conciliar a vida em casa, com os dois filhos e com a vida de empreendedora. Faz sete anos que já sou autônoma, e quero ampliar os meus horizontes nas capacitações”, relata.

Projeto amplia habilidades

O projeto vai fornecer instrução, assessoria e acompanhamento para a ampliação das habilidades empreendedoras, construção de bases para desenvolver competências necessárias para gerir empreendimentos, desenvolvimento de uma visão global, estímulo ao protagonismo empreendedor, identificação do posicionamento estratégico de cada negócio e seu portfólio de produtos, estímulo ao desenvolvimento das comunidades locais, caminhos para ampliar os postos de trabalho e diversificar a renda nos locais em que estão inseridos.

Texto: Carolina Zeni / Ascom SICDHAS
Edição: Marcelo Flach/Secom